A praça José Alves da Costa já mostra sua nova estrutura com arquitetura moderna e pinturas artísticas que remetem a características da cultura do sertão e seus artistas. O anfiteatro da praça traz uma homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, com uma xilogravura do artista e trecho de uma de suas obras.

O anfiteatro será palco para apresentações culturais de grupos e artistas da terra e região, elevando a cultura do município. O espaço traz a homenagem a Ariano Suassuna em reconhecimento do seu legado artístico para valorização da cultura do nordeste no Brasil. Ariano trouxe elementos da cultura nordestina em suas obras, elevando o sertão e as características de seu povo e sua terra.

Além da xilogravura de Ariano Suassuna, o anfiteatro traz em uma de suas paredes um trecho da obra de Ariano História d?O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), ?Pedra do Jabre, que, sendo a mais alta do Reino do Sete-Estrelo do Escorpião do Nordeste, é a mais sagrada pedra-de-ara do mundo?, que remete ao Pico do Jabre, patrimônio natural de Matureia.

A principiais obras de Ariano Suassuna são Auto da Compadecida (1955), O Santo e a Porca (1964), O Rico Avarento (1954), Romance d?A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d?O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), entre outras obras.

O anfiteatro será denominado de Vasco da Gama Neto, matureense que fez parte da história do município e que também será homenageado. 

Um pouco da história de Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), em 16 de junho de 1927, filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauhan.

A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.

Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte

De 1952 a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi ?o texto mais popular do moderno teatro brasileiro?.

Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d?A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d?O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de ?romance armorial-popular brasileiro?.

Fonte: Academia Brasileira de Letras (ABL) 

« Voltar